Johanna Döbereiner (1924 – 2000)

O amor da doutora Johanna Döbereiner pela ciência agrícola nasceu uma de necessidade: vencer a fome. Expulsa da antiga Checoslováquia, Johanna trabalhou como servente em uma…

Fonte: Academia Brasileira de Ciências Fonte: Academia Brasileira de Ciências

O amor da doutora Johanna Döbereiner pela ciência agrícola nasceu uma de necessidade: vencer a fome. Expulsa da antiga Checoslováquia, Johanna trabalhou como servente em uma fazenda na Alemanha. “Aprendi a capinar, tirar leite de vaca e me apaixonei pela agricultura. Mais tarde, estudei agronomia em Munique e cheguei ao Brasil em 1950. Aqui construí minha vida científica e pessoal.”

A pesquisa essencial que Johanna realiza, no Centro Nacional de Pesquisa de Agrobiologia – Embrapa, é a fixação biológica do nitrogênio em sementes, ou seja, substituir fertilizantes poluentes e caros por outros de qualidade ambiental e baixíssimo custo. Valendo-se das pesquisas da dra. Johanna, o Brasil se tornou o segundo maior produtor mundial de soja. “A chave da ciência agrícola é descobrir caminhos para produzir mais e melhores alimentos com menores custos.”

Em mais de 47 anos de serviços prestados à ciência e ao Brasil, Johanna Döbereiner formou centenas de novos pesquisadores, a maioria unânime em ressaltar três qualidades da mestra: inteligência, generosidade e rigor. Ela os ensinou que não é porque faltou um barbante ou um papel alumínio que você vai paralisar uma pesquisa. Ensinou a usar a criatividade para superar os problemas.

Johanna Döbereiner é detentora de dezenas de prêmios e distinções científicas. Ela tem quase quinhentos trabalhos publicados. É uma mulher que pôs coração e inteligência no desenvolvimento da ciência da alimentação.


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