Quando sempre temos que usar o hífen

O divórcio dos iguais

Ilustra: Adriana Yamauti Ilustra: Adriana Yamauti

O Acordo Ortográfico entrou em vigor em 2009. Seu objetivo é unificar a ortografia (o modo como se escrevem as palavras) entre os 8 países que usam o português. São eles, Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor Leste. O acordo não mexe com a estrutura das frases (sintaxe) e não modifica sentidos (semântica). Mas por ser ortográfico fez mudanças no uso do hífen. Na minha modesta opinião, o Acordo tornou o assunto do hífen menos arbitrário, mais lógico. Saiba abaixo quando sempre temos que usar o hífen. No mais, sejamos felizes!

1
Regra geral
:
Hífen obrigatório quando o prefixo terminar com vogal igual à primeira vogal da segunda palavra.
Exemplos: antiinflacionário,antiinflamatório, microondas, microônibus, arquiinimigo, contraalmirante, megaação.

2
Hífen obrigatório quando o prefixo encontrar com o H começando a segunda palavra.
Exemplos: super-homem, micro-hemorragia, extra-hospitalar, auto-homenagem, macro-história, anti-higiênico, semi-hidratado.

No entanto: sem o H, o hífen desaparece: subumano, desumano, inumano, inábil, inabitável.

3
Prefixos que SEMPRE exigem hífen:
além: além-fronteira, além-mar, além túmulo.
aquém: aquém-mar, aquém-muros.
bem: bem-estar, bem-nascido, bem-vindo, bem-passado.
ex: ex-marido, ex-mulher, ex-funcionária, ex-presidente, ex-tucano, ex-sogra.
pós: pós-impeachment, pós-recessão, pós-graduação, pós-doutorado.
pré: pré-natal, pré-inscrição, pré-sal, pré-requisito, pré-cirúrgico, pré-venda.
pró: pró-memória, pró-governo, pró-reitor, pró-texto, pró-tratado.
má: má-formação, má-educação, má-fé.
mal: mal-acostumado, mal-passado.
recém: recém-casados, recém-nascido, recém-chegada, recém-reformado.
sem: sem-terra, sem-teto, sem-editora, sem-vergonha, sem-pátria.
vice: vice-presidente, vice-reitor, vice-almirante.
A mesma regra é válida para os prefixos: ad, ab, ob, circum, grão, pan, sota, vizo.

4
Emprega-se o hífen para unir duas ou mais combinações.
Exemplos: Rio-Santos, Paris-Barcelona, escalas Rio-Brasília-Belém-Macapá, Fla-Flu, yin-yang.


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3 respostas para “Quando sempre temos que usar o hífen”

  1. Avatar vera simonetti disse:

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