É fácil amar o Rio de Janeiro. Uma monarquia, com o rei no mar e a rainha nas montanhas. Tudo embalado pela orquestra das cigarras. O pôr-do-sol explícito. Haja retina para tanto ouro no olhar. E os cheiros? Meu Deus! Maresia, pitanga, dama-da-noite.
São Paulo dá mais trabalho. Exige que antes de encontrar a gente procure. Vira aqui, quebra ali, sobe adiante, desce acolá. Mas, de repente, a beleza vem. É certo que para vê-la é preciso uma educação do olhar.
Mais do que olhar, urge enxergar. Valorizar os momentos. Pequenas brechas no cinza, flores nascidas nas falhas do cimento e o movimento das nuvens. Está bem! Não tem céu de estrelas. Mas há os aviões carregando corações que chegam e saem. E voltam.
Também tem muitas árvores, quando chove dá um medo danado que elas despenquem sobre carros, ombros, cães. Amar São Paulo pode ser doído. A ciadade é exigente. Mas amor é amor. Uma vez começado, só conhece o durante, nunca tem fim.
Veja Sampa da Régine Ferrandis
Eu morei nas duas cidades, e também as amo. Esse texto é de grande sensibilidade!
Eu nasci no Rio, tinha 15 anos quando papai e mamãe se mudaram para São Paulo. Não precisei “aprender” a amar o Rio. Com Sampa, sigo nessa aprendizagem do amor. Valeu o comentário, Maria Cristina.
Sou “portuga”…
Cheguei “coroa” ao Brasil, já lá vão doze anos…
Já passei pelo Rio e “saboreei” a sua beleza…
Fixei-me em Sampa…
Continuo aprendendo…
Sei perfeitamente o que quer dizer!!!
Beijinho
Zé Bento, EstamosJuntos nessa viagem.