Orlando queria que sua Nikon fosse instrumento de denúncia dos desmandos do governo militar. E sempre que possível registrasse a resistência à ditadura. Foi à luta, conseguiu trabalho no então influente Jornal do Brasil.
Foi colocado na editoria policial. No primeiro dia, o chefe mandou: Essa é pra você, Orlando. Lá em Ramos, seis presuntinhos chacinados. Briga de traficantes.
O novato pediu demissão. Aí sua Nikon fez de tudo: casamentos, publicidades, cirurgias de coração. Mas em nenhuma vez foi um fotógrafo feliz.
Fundou o “Tortura Nunca Mais”.?
Será?