Futebol e gramática tem tudo a ver. Verbo e futebol permitem jogo de cintura e criatividade dentro das regras. Ao contrário do que muita gente pensa, a gramática não é o presídio das palavras. Ela está para o campo onde se dá nossa expressão falada e escrita.
Exercitando o verbo vamos conjugando a nossa mensagem. Ficamos cara a cara com o gol. Aí é fazer o que tem que ser feito e partir para o abraço. Mensagem boa é bola na rede! Observar como se corre atrás da pelota ajuda a escrever.
Exemplo, qual é a função dos atacantes? Fazer gols! Na comunicação falada e escrita, o verbo funciona no ataque levando força para nossa mensagem.
Na gramática, a definição de verbo é: classe gramatical variável para exprimir ação, estado, fenômeno da natureza:
Os jogadores choraram (ação de chorar).
A torcida está triste (estado dos torcedores).
Choveu no campinho do bairro (fenômeno natural).
Outra ginga do verbo é sua versatilidade. Ele passeia pelos tempos.
Nos diz se é passado, presente, futuro:
Amei o Rio de Janeiro
Amo Salvador
Amarei Bogotá
Mais sofisticado, indica condições:
Se eu amasse mais, amaria todo o tempo.
Democrático, se dá bem com todas as pessoas:
eu, tu, ele (ela); nós, vós, eles (elas).
Solidário, aceita a companhia de auxiliares:
Não irei interromper nossa conversa (ir + interromper).
A turma começou a dançar (começar + dançar).
Sinfônico, pratica modos:
Indicativo: Eu escrevo
Subjuntivo: Se eu escrevesse
Imperativo: Escrevam!
Diverso, a maioria é regular, mas há também os fora da curva:
Amar (regular)
Ser (irregular)
Para trabalhar bem o verbo, precisamos exercitar seus usos. Manipular significados, tempos, modos, vozes. Descobrir os jeitos que o verbo tem para fazer o gol da nossa frase.
A boa notícia é que não precisamos esperar pela próxima Copa do Mundo para pôr nossa escrita em campo. Sendo craques no verbo, podemos jogar hoje mesmo.
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[…] são mais exibidos e abundantes. Os substantivos formam a elite, convencidos de seu poderio. Os verbos? Esses nem olham para os escribas, sabem bem que sem eles o texto não […]
[…] são mais exibidos e abundantes. Os substantivos formam a elite, convencidos de seu poderio. Os verbos? Esses nem olham para os escribas, sabem bem que sem eles o texto não […]