A partir de artigo do Meio & Mensagem de 13 junho 2016
Gosto de acompanhar o que ocorre nos bastidores da publicidade. Não tenho nenhum preconceito com publicitários. Bem ao contrário, aprendo muito sobre comunicação com eles. É certo que jornalistas são (ou deveriam) ser comprometidos com os fatos, enquanto o pessoal da publicidade está comprometido com as marcas, isto é, com o mercado. O que os torna, às vezes, mais pragmáticos do que qualquer outro profissional.
A matéria do Meio & Mensagem me chamou a atenção por tratar do estreitamento de fronteiras entre o mundo off-line (analógico) e mundo online (digital). Leia-se, as agências tradicionais estão mais digitais e as digitais mais atentas ao universo Gutenberg. Isso porque o consumidor não está nem aí para a distinção entre mídia física e mídia eletrônica.
Segundo Igor Puga da DM9DDB: Quando o consumidor vai a uma loja comprar um produto ou entra no site para adquirir alguma coisa, pensa que está interagindo com a marca, mas não considera se está no ambiente on ou off. Essa divisão, aliás, só existe dentro da indústria da comunicação.
Bingo! Estamos em plena era da integração. Ou em uma espécie de restaurante por quilo da comunicação. Na área do jornalismo, podemos entender que é o leitor quem escolhe o quê, como, quando ler. Ele também não fica pensando sou digital quando lê na internet, nem pensa sou analógico quando abre um livro.
No fundo, vivenciamos uma época muito interessante. Pois ela traz uma pujança nunca vista de ferramentas. Ela aproxima imaginação de realização, diminui o espaço entre querer e poder. Trata-se de uma era fantástica para quem trabalha com comunicação. Sem preconceitos.