Em mim, o Dia do Trabalhador sempre evoca dois sentimentos distintos. Um de natureza política: imagino grande massa de trabalhadores unidos reivindicando aumento de salários e melhores condições de vida. Coisas do passado naturalmente.
O segundo sentimento é de natureza afetiva: lembro de Primeiros de Maio sem responsabilidade, com muito sol e diversão com passeios familiares na Quinta da Boa Vista, no Rio.
Também recordo de um Dia do Trabalhador em Barcelona, onde peguei no chão um panfleto anarquista. Guardei-o com cuidado para presentear meu pai, um entusiasta da classe trabalhadora. Coisas do passado naturalmente.
Por fim, recordo de uma comemoração em Santiago do Chile. Fazia frio e famílias passeavam nos parques. Hoje, ao menos no Brasil, o Primeiro de Maio soa um tanto melancólico. Talvez porque a esperança de lutas e de vitórias coletivas seja coisa do passado. Infelizmente.
Brinde
Muito bom, Fernanda! Melancólico também. O mundo mudou. A grande utopia do século XX morreu. O Dia do Trabalhador tem outro sentido e dinamismo. Aqui em Araguaína foi feriado. Nada mais.
Antonio, esse mundo tão mudado e transformado é farta matéria-prima para nossas crônicas, né? Beijo e obrigada pela leitura. Sempre.
Infelizmente o 1º de maio de 2017 está marcado com um triste recorde: 14 milhões de desempregados. Um dia, a sociedade enxergará que apesar de todas as injustiças e desigualdades, a pior coisa que um governante pode fazer, é déficit fiscal.
Obrigada pela leitura, Gabriel querido. Na minha opinião tudo está ligado. Uma das causas de uma economia medíocre vem justamente das desigualdades e injustiças. Como resolver? Beijo.
Desigualdade e injustiça não são causas de economia medíocre, são efeito dela.
Ok. Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?