– Aí, o que vai rolar hoje à noite?
– A pérola do Beethoven, regida por uma maestra americana.
– A Marin Alsop?
– Exatamente. Vai ser a Nona Sinfonia.
– Puxa, sempre essa. Mas é tão bom que vale ouvir 1000 vezes.
– Assino embaixo. A Nona é como a Bachiana n.5 do Villa, vicia.
– E pensar que quando éramos crianças adorávamos os dodecafônicos.
– Bons tempos! Você não tirava o foninho do Arnold Schöenberg.
– E você não largava o Anton Webern.
– Mas aí a gente vai crescendo, né?
– Roda-roda e o ouvido sente falta da graciosa harmonia.