A vida deu muitas surras nela. Em parte, por sua extremada sensibilidade.
Ela derrubava lágrimas ao encontrar uma joaninha morta. Ao ouvir ao longe o uivo de um cão. Ao pressentir, mesmo sem levantar a cabeça, a lua no céu.
Tremia se o interlocutor levantava a voz. Sofria com gestos bruscos e palavras rudes.
Ela detestava o duro do mundo.
Aí ela encontrou a arte da cerâmica. Suas mãos a guiaram no poder de transformar. Montou um ateliê na Vila Mariana.
Devagarinho formou um nome, uma carteira de clientes. Demorou, mas veio o reconhecimento. Os aplausos.
A fama a curou da sensibilidade.
Hoje ela só sai na rua de óculos escuros e semblante duro. Aprendeu a mergulhar no seco.
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Sobreviver às asperas do mundo dá trabalho: sofre-se outro tanto!
Num é? Beijo, querida Marisa.
❤
Quis dizer aspetezas, mas ainda peco na revisão. Sorry.
Detalhe, Marisa.
Nem vou dizer mais nada, tento consertar, pioro. Freud explica?
Explica!
Marisa, a Alice Ruiz tem um hai-kai que diz ” Falta de sorte / fui me corrigir / errei”
Valeu, querida! Bjs.
Aprendizado que a vida nos impõe.
Abraços.
Silvana, beijo grande pra você.