– Eu tento ser um sujeito bom. Quero valorizar a solidariedade. Nasci muito rico, mas me importo com o sofrimento econômico da maioria dos humanos. Como sou uma pessoa pública, decidi dar o exemplo. Me candidatei como estagiário para qualquer trabalho na área cultural.
– Eu nasci pobre. Sempre senti uma ponta de inveja de casas com piscinas, helipontos em Angra, escunas, jatos, cruzeiros luxuosos. Mas nunca deixei a inveja me dominar. Jamais odiei os ricos. Sinto respeito pela sua trajetória. Agora me conta: Você está feliz como estagiário?
– Olha, não dá para dizer. Porque minha vida de estagiário durou menos de 1 mês. Logo fui convidado para dirigir um equipamento cultural. Aliás, muito relevante para a cidade. É um tremendo desafio, mas eu sou um cara destemido.
– Tão diferente do meu caso. Fui estagiário por 2 anos. Depois de contratado, levei 1/4 de século para chegar na gerência. Aí estacionei. Não por opção, mas por não haver para onde subir. Depois da gerência só a aposentadoria. Mas se reformarem a Previdência, acho que vou continuar por aqui.
– Você gosta do que faz? Admira seu próprio trabalho?
– Eu suporto. Não foi algo que escolhi.
– Este é o ponto: não é porque sou rico e você pobre. Adoro o que faço e você não.
– Então tá. Parabéns pelo novo cargo! Tomara que você escreva seu nome na História.
KKKKKK
Bingo!
Beijo, querida Marilda.
Sei não, os dois se conformaram em fazer aquilo que a sociedade lhes impõe um ser dominador e o outro em ser dominado, são dois patos na mesma lagoa…não conseguem ver nada além da lagoa
Essa foi a ideia. Tudo é relação. Obrigada, Dago, pela leitura e comentário. Abraço.
Gostei do diálogo provocativo. Concordo como Dago no sentido de que pouca diferença existe entre quem somente cumpre papéis impostos. Pra mim, o sentido maior tá no auto conhecimento e na busca de entendimento de todos os “mistérios” que são dados a serem desvendados. Não importa se nasceu rico ou pobre. O bem-estar e/ou o bem viver estão nos caminhos percorridos pra se entender o máximo de tudo, dentro dessa postura e perspectiva. Acho que a maioria, rica ou pobre, perde muito tempo e morre no desconhecimento. Como diz o meu padrinho: “A vida aqui, é pra aproveitar”.
Anay, querida. Que delícia seu comentário.É uma pena que a gente demore tanto tempo pra ter sabedoria, né? Mas uma vez que ela chega, ninguém nos tira. Beijo grande.
Fernanda, querida. Que delícia seus textos e sua resposta. E…bem, socratizando um pouco, só sei que nada sei, mas to procurando aprender, cada vez mais um bocadinho…rs bjão procê também.
Anay querida, EstamosJuntas!