Éramos Seis é título de um livro da Maria José Dupré, editado em 1943. A história virou novela para a TV pelo menos em três adaptações. É um daqueles casos que acontecem, às vezes, em que o título se torna mais famoso do que o próprio conteúdo do livro.
Essa introdução é para dizer que Éramos Seis serve de lembrança para uma construção correta. Em Éramos seis, seis é predicativo do sujeito (nós), portanto não vem precedido de preposição.
Veja os exemplos:
Éramos em seis (errado).
Éramos seis (correto).
Somos em cinco na nave espacial (errado).
Somos cinco na nave espacial (correto).
Lá em casa, somos em três irmãs (errado).
Lá em casa, somos três irmãs (correto).
Um caso parecido ocorre com o emprego errado da preposição de:
O garoto era de menor (errado).
Luísa já é de maior (errado).
Trabalho de sábado e folgo de domingo (errado).
Esse de simplesmente não existe. Ele sobra na frase. As construções corretas são:
O garoto era menor.
Luísa já é maior.
Trabalho aos sábados e folgo aos domingos.
Também devemos prestar atenção em algumas manias modernas:
A aeronave já se encontra em solo
Quando o correto é:
A aeronave já se encontra no solo (afinal, antes ela estava no ar e não em ar).
Outro exemplo:
O folheto entrou em gráfica
Quando o correto é:
O folheto entrou na gráfica
Repare que as construções corretas soam mais diretas, menos complicadas e nada pomposas. Com diz o povo: Para que complicar o que é simples?
Leia post anterior Vale quanto menos pesa
Olá,
“Com diz o povo: Para que complicar o que é simples?”
Usarei esta pergunta para minha semana. (:
Até breve.
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