Autoajuda

CHEGUEI Já topei 100 vezes com jovens antiquados e com velhos antenados. Acredito que a idade cronólogica seja pouco determinante quando o assunto é novidade e…

Foto: Fernanda Pompeu Foto: Fernanda Pompeu

CHEGUEI
Já topei 100 vezes com jovens antiquados e com velhos antenados. Acredito que a idade cronólogica seja pouco determinante quando o assunto é novidade e tradição. Creio que características da personalidade de cada um levam a ser mais ou menos afeito a mudanças.

Mas não resta dúvida que o ambiente digital 2.0 – até mesmo por ser menor de idade – atrai mais gente jovem do que madura. Também pelo fato dos maduros terem conhecido outro mundo antes desse. Enquanto a garotada nasceu no meio do furacão de bits, internet, aplicativos.

Quando a gente nasce no meio ou logo depois de alguma tecnologia, a gente não precisa fazer muitas perguntas sobre ela. Eu nunca perguntei por que havia luz elétrica, por que o rádio tocava, por que o carro andava. Simplesmente eles estavam lá. Prontos para usar.

Jamais esquecerei da era da informação impressa, das máquinas de escrever, dos discos de vinil e das grandes salas de cinema. Vivi e aproveitei tudo isso. Mas não sou do tipo que chora sobre o leite derramado. Tudo o que quero agora é aprender e curtir o 100% digital.

MEU NEGÓCIO
Usando uma linguagem bem querida no LinkedIn, digo que meu negócio é a comunicação. Quando eu nem sabia ler e escrever, tinha uma compulsão de falar com as pessoas, principalmente com os adultos. Queria contar como eu sentia as coisas e me encantava saber como os outros sentiam essas mesmas coisas.

Era uma espécie de espanto. Mas, é claro, eu ainda não sabia que meu negócio seria a comunicação. Tanto que pensei em ser, pela ordem, marinheira, médica, escritora famosa, atriz. Não rolou nenhuma das anteriores. Acabei entrando numa escola de Jornalismo.

Mas logo depois saltei para o curso de Cinema, onde nasceu a roteirista que fui por bons anos. Vida que rola, água que passa debaixo da ponte, terminei por focar na escrita de contos e na redação de textos encomendados.

Ainda estou nessa com a diferença que tenho apostado todas as fichas no ambiente digital. O que não quer dizer que será sempre assim. Qualquer hora posso publicar um livro de papel, como já fiz anos atrás. A única certeza é que tudo que faço tem a ver com a vontade louca de me comunicar.

BLOGS
Compreendo a alegria de quem começa um blog. É pessoa que entendeu que a forma mais certeira de publicar seus conteúdos é a digital. Pois não há intermediários, nem chefes. Ninguém dizendo o que a gente tem que fazer. É um mundo de carta branca.

Também compreendo a angústia de manter um blog vivo. Costuma acontecer que nas primeiras semanas  amigos e parentes curtam e até comentem. Mas depois eles vão para outros blogs, outros interesses e acabam se distraindo do nosso.

é que o blogueiro tem que provar seu valor. Exercer duas palavras-chave: persistência e paciência. As duas nasceram há milhares de anos, talvez com a invenção da agricultura, quando se sacou que para colher é preciso antes semear. E lutar contra o mau humor do tempo e a presença de pragas.

É o momento preciso em que o blogueiro percebe que deve ir além da sua rede de parentes e amigos. Ele vira um navegador procurando novos portos, isto é, novas redes. O sucesso de um blog está na conquista de estranhos. Quanto mais estranhos verem seu blog, mais fortalecido e legitimado ele se tornará.

AUTOAJUDA
Tem gente que mete o pau nos livros de autoajuda. Deve ser gente bem resolvida, autossuficiente, segura. Eu, que não sou nenhuma dessa três coisas, sempre que posso tiro uma casquinha desse tipo de prosa. Mesmo quando não aprendo muito, fico motivada.

Acho generosa a pessoa que sabendo profundamente de um assunto, decidi dividi-lo com outras potencialmente interessadas E não importa se o tema da autoajuda é bordado, motocicleta ou Google Analytics.

Tenho reparado que um número relevante de postagens nas redes sociais tem a ver com autoajuda. São mensagens normalmente para cima ou encorajadoras. Elas parecem alegrar quem posta e quem lê.

Tem gente que faz autoajuda sem dar esse nome. O mundo empresarial, por exemplo. Quando entro numa livraria de aeroporto me deparo com dezenas de títulos ajudando quem quer ser líder, chefe, empreendedor e até milionário. Dicas de autoajuda talvez não funcionem funcionem para todos. Mas, cá para nós, que mal há em ler conselhos?

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2 respostas para “Autoajuda”

  1. Avatar Claudia Andrade Pompeu disse:

    Persistir é vencer.

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